Que tal ser um seguidor do blog!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Caros Colegas,

Considerando que já estou há algum tempo afastada da sala de aula, compartilharei a experiência realizada a partir do primeiro curso de Tecnologia na Educação e que rendeu bons frutos para quem participou. Destaco no momento, a construção desse blog que partiu de uma das atividades do curso. No período de realização da atividade, todo o grupo da Coordenadoria de Formação Inicial e Continuada, se evolveu com muito empenho na realização das atividades. A criação de blogs possibilitou não só a aprendizagem desse recurso, antes desconhecido, como favoreceu de forma coletiva, o processo de criação de textos para publicação. Os blogs criados atendiam as mais diversas áreas, esse por exemplo, trata da Saúde do Trabalhador da Educação. Você poderá consultar os demais, indo até os links dispostos no Blog, Cuida bem de Mim. Se o trabalho surtiu efeito para nós, certamente funcionará também para os professores que estão ligados diretamente à sala de aula.

Experimente esse recurso, pois ele te trará muitas possibilidades para a realização do seu trabalho.

Até breve!

Caros colegas,



Vocês conhecem o "portal do professor"?


O objetivo desse canal é disponibilizar recursos diversificados para os profissionais da educação. O portal dispõe de ferramentas como o chat, fórum, portal no youtobe e ferramentas pela internet. O "Espaço da Aula" é um lugar para criar, visualizar e compartilhar aulas de todos os níveis de ensino. As aulas podem conter recursos multimídia, como vídeos, animações, áudios etc, importados do próprio Portal ou de endereços externos. Qualquer professor pode criar e colaborar; desenvolver aulas individualmente ou em equipe; pesquisar e explorar o conteúdo das aulas e coleções de aulas. O "Jornal do Professor" é dedicado a revelar o cotidiano da sala de aula, trazendo quinzenalmente temas ligados à educação. Os "Conteúdos Multimídia" publicados no Portal são para todos os níveis de ensino e em diversos formatos e poderão ser acessados por palavras-chave ou pela busca avançada. Você encontrará também as coleções de conteúdos, os sites temáticos, cadernos didáticos. cursos e materiais, links com informações educacionais diversas para subsidiar a formação dos profissionais da educação. As páginas de sites e portais (nacionais e internacionais) auxiliam a pesquisa e formação de professores.


Visitem o endereço http://portaldoprofessor.mec.gov.br e bom trabalho!!!

Bloco do Passo - Saltos no Tempo

"Por una Cabeza" - Mystery GuitarMan"

Takagi Masakatsu - COIEDA

Mídias na Escola

Caros colegas,


Hoje fugirei um pouco da temática "Saúde do Trabalhador" para socializar uma atividade do Curso Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC. O texto traz uma pequena reflexão sobre a utilização das novas tecnologias digitais na escola.



Cada vez mais, os recursos tecnológicos são utilizados como ferramentas para a melhoria do ensino e da aprendizagem. Não é mais raro encontrar professores que fazem das mídias o carro chefe de suas aulas. Muitas escolas já disponibilizam de recursos como TV, DVD, máquinas digitais, filmadoras, computadores, internet, entre outros, possibilitando aulas mais interativas e que chamam a atenção dos alunos. Sair da realidade do quadro, giz e livro didático e percorrer outras tecnologias mais modernas, ainda é algo desafiador, mas conseguimos identificar alguns professores que conseguem fazer das mídias uma grande aliada e nos apresentam experiências muito exitosas. É possível destacar atividades diversas como: produção de vídeos, animações, exposição fotográficas, blogs, atividades com redes sociais (Orkut, Facebook, etc), rádio na escola, pawer point, jornais, revistas em quadrinho, software educacionais, pesquisas na internet, uso do celular, entre outras. Apesar de já termos avançado muito no que se refere a utilização das mídias na escola, sabemos que é necessário investir na capacitação dos nossos professores, pois muitas vezes os recursos ficam parados na escola por falta de conhecimento de como melhor utilizá-los.

quarta-feira, 30 de março de 2011

O "lado escuro" da Escola da Ponte

FOLHA DE SÃO PAULO, 07 DE MARÇO 2011

FELIPE CARUSODO RIO
 
Célebre por subverter os paradigmas do ensino tradicional, a Escola da Ponte, criada em Portugal em 1976, ganhou notoriedade ao propor um projeto pedagógico diferente, em que não há séries nem professores divididos por disciplina.
Por trás de um método inovador, exaltado em "A Escola com que Sempre Sonhei sem Imaginar que Pudesse Existir" (Papirus, 2001), de Rubem Alves, houve uma instituição onde a violência era rotineira e foi importante -o estopim- para a implantação do método.
A revelação é feita por José Pacheco, um dos mentores do projeto e que esteve à frente da escola por mais de 30 anos. Ele admite ter batido em um aluno em 1976 e diz que o livro do brasileiro lhe "criou um problema". Pacheco deve lançar, em meados do ano que vem, um livro sobre o lado obscuro da escola. Confira, a seguir, trechos da entrevista.

Folha - Depois do livro de Rubem Alves, a Escola da Ponte inspirou projetos de educação no Brasil...
José Pacheco - O Rubem Alves me criou um problema quando publicou o livro. Ele é um homem maravilhoso e um amigo, mas, sem querer, criou um mito, mostrando só o lado belo das crianças solidárias. A Escola da Ponte tem um outro lado. O lado feio. O lado da fragilidade humana e que é preciso revelar. Eu hoje no Brasil me preocupo em desfazer o mito sem chocar as pessoas, mas mostrando o lado da miséria humana que também fez a Ponte.

E que lado é esse?
É doloroso falar nisso. Há grandes lutas no projeto. No início, houve grande violência, tanto simbólica quanto explícita. Há 35 anos, havia uma prática comum na escola: professor batia em aluno e aluno batia em professor. Há o conflito entre pessoas diferentes enquanto não aprendemos a aceitar o outro.

A violência no início do projeto surgiu pela ruptura da noção antiga de autoridade?
Em 1976, havia na Ponte a chamada Turma do Lixo, constituída em sua maioria por jovens de 13 a 15 anos que não sabiam ler nem escrever. Esses jovens não eram violentos. Eram violentados.
Além da violência simbólica, eles tinham uma experiência de vida tremenda. Chegavam cobertos de piolho, cheirando mal, bêbados, com fome, com falta de ternura e de vínculo amoroso.
A violência não nasce com a pessoa. A violência aprende-se. Eles tinham aprendido essa violência, de modo que reagiam quando um professor os obrigava a fazer algo. Eles batiam nos professores.

E os professores?
Num primeiro dia de aulas, agora vou fazer uma revelação, bati num aluno que me bateu. Ele era mais alto que eu, tinha 14 anos -o Ricardo, que hoje tem 50 anos e é um homem maravilhoso.
Eu fiquei envergonhado daquilo que tive que fazer, mas a partir daí ninguém mais bateu naquela escola. Nem aluno nem professor.
Aquilo que estava instituído a partir do momento em que eu reagi, era o medo. Nunca eles imaginaram que um professor pudesse reagir.

Como a violência deixou de ser rotina na Ponte?
Desse medo inicial ao que Ponte se tornou hoje, há um processo feito com pessoas que compreenderam que não poderíamos continuar com a violência explícita nem com a simbólica, com um paradigma de ensino que faliu.
Encontramos caminhos com alunos, pais e professores. Desse tempo em que precisei reagir até hoje, quando nem com o olhar nós ameaçamos, há todo um processo que deve ser desmitificado.


Rubem Alves diz que mitificação foi intencional
O projeto pedagógico "Fazer a Ponte" foi criado na década de 70 na instituição pública de ensino Escola da Ponte, em Vila das Aves, distrito do Porto, em Portugal.
Lá, crianças e jovens de idades diferentes aprendem em pequenos grupos com um interesse comum. Orientados por um professor, pesquisam sobre um tema e, depois, avaliam o conteúdo.
Se o aprendizado for considerado adequado, o grupo se dissolve, e formam-se outros para estudar outro tema.
Ao se deparar com esse sistema de aprendizado, o escritor e colunista da Folha Rubem Alves quis transmitir o deslumbramento que sentiu.
"Eu estava tão encantado ao me defrontar com uma escola daquela que a minha tendência era deixar as coisas bonitas", disse.
O escritor admite que há mitificação em seu livro, "A Escola que Sempre Sonhei, sem Imaginar que Pudesse Existir", mas diz que, de certa forma, ela foi intencional.
"Há certas situações em que não é para ser objetivo, porque é o encantamento que faz as transformações."
Depois de quase 30 anos lutando contra os parâmetros do governo português para as escolas públicas, a Escola da Ponte conseguiu, em 2005, um contrato de autonomia com o Ministério da Educação. Nele, é reconhecida como uma escola pública distinta da tradicional.
Perguntada sobre o a revelação de José Pacheco, a atual direção diz que a melhor pessoa para falar sobre a época é mesmo o ex-diretor.
"Como qualquer projeto, é uma construção coletiva. É feito de pessoas com expectativas, convicções, opiniões e, consequentemente, de acordos e desacordos.(FC)