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domingo, 27 de março de 2011

Como posso ser feliz sendo professor?

O título deste artigo não é meu. É de inúmeros colegas professores que frequentemente manifestam através de suas angústias uma falta de entendimento do conceito de felicidade. Assim, refletindo e pesquisando sobre o tema, proponho algumas reflexões sobre o conceito – e também a prática. 

É possível aprender a ser bem-sucedido e feliz. Fortemente embasado no pensamento humanista, estipulo uma trajetória pelo presente, mas também pelo passado e pelas possibilidades do futuro, visto que as questões aqui abordadas são antigas e intrigantes:
  • O que é ter uma vida de sucesso?
  • Como aprender a viver?
  • Qual o sentido da vida?
Grandes pensadores de diferentes escolas filosóficas ao longo dos tempos indicam caminhos aos que se aventurarem a afrontar as mesmas interrogações. Mas cabe uma observação em relação ao modo de vida grego antigo. O que parece interessante nos gregos é a ideia que define o que é a “vida boa” em oposição ao sucesso social, em que o objetivo da filosofia é o de ajudar os humanos a superar os medos. Onde: “filo” mais “sofia” é “amar a sabedoria”, a procura da serenidade está no sentido de ser livre na sua mente e também aberto aos outros, ser capaz de amar e superar os medos que nos impedem de viver.

Pensemos sobre o homem contemporâneo e suas escolhas e novamente sobre o conceito de vida bem-sucedida que, parece, resume-se à satisfação material, ao sucesso social e à preocupação narcísea e ilimitada de poder.

Os humanos contemporâneos precisam aprender a superar seus medos, aperfeiçoar sua busca e desenvolvimento espiritual, uma nova sabedoria fundada no amor como um dos elementos capaz de reconciliar o presente e ampliar o horizonte e seu pensamento.

Então pulamos para o futuro e imaginamos que trocando de carro, casa, profissão, escola, parceiro (a), tudo vai ficar melhor. Em verdade, transportamos nossas preocupações e infelicidades conosco, e as coisas não se tornam melhores porque se trocou um Audi por um Mercedes.

À força de viver no passado ou no futuro, perde-se de viver o único momento real, ou seja o presente, quando e onde podemos nos realizar através da paixão, da qualidade, do comprometimento com o que fazemos.

Os medos se enraizam no passado e no futuro. Sábio é quem consegue, num mesmo movimento, viver no presente e viver com serenidade. No presente ele se desvencilha dos medos que habitam essas duas dimensões irreais do tempo, que são o passado e o futuro.

Para viver bem, é preciso superar os medos e isso se chama sabedoria. “A coisa mais fácil do mundo é encontrar diferenças. Difícil é harmonizá-las.” Palavras do Dalai Lama, de quem também acrescento mais duas assertivas para concluir: “É indispensável fazer com que cada dia de nossa vida tenha um sentido.” E que nosso trabalho tenha um propósito dignificante para cada um de nós. “É sempre possível mudar. Mas vencer emoções e pensamentos negativos requer disciplina e tempo. Comece agora.”

Texto de Luiz Carlos Moreno originalmente publicado na revista Profissão Mestre de março de 2009.

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